Adidas no Brasil: Flamengo e São Paulo






Com a saída da Olympikus em decorrência da aceitação pelo Flamengo da proposta de patrocínio, a vigência do novo acordo será antecipada para janeiro de 2013, data em que estreará a nova camisa do Flamengo Adidas. Em virtude disso, a Vulcabrás, dona da marca Olympikus, já deixou de complementar o salário de Vagner Love – 50 mil reais mensais – e paralisou as obras do Museu do Flamengo, nas quais já investiu 10,4 milhões de reais que o clube deverá restituir. Pelo acordo entre as duas partes, o montante que o clube deverá pagar à atual patrocinadora e fornecedora de equipamentos chegará a 15 milhões de reais, como o GloboEsporte noticiou. Há informações no mercado, como a do diário Lance, que a Adidas pagará 13 milhões a mais ao clube para cobrir o ressarcimento do rompimento. Dessa forma, o montante do contrato chegaria a 363 milhões em dez anos.

A matéria informa que hoje a Vulcabrás paga ao Flamengo 18 milhões pelo patrocínio propriamente dito e mais 8,3 milhões de reais em equipamentos, totalizando 26,3 milhões. O acordo com a Adidas prevê o pagamento de 27 milhões pelo patrocínio e mais 8 milhões em materiais, totalizando 35 milhões anuais. Considerando a correção do contrato e outros ajustes, ao final do contrato atual o Flamengo já estaria recebendo da patrocinadora/fornecedora um total ao redor de 32 milhões, portanto apenas 3 milhões a menos que o previsto para ser pago pela Adidas a partir do ano seguinte. Essa diferença muito provavelmente seria coberta na eventual renovação do acordo e isso desperta a possibilidade de outros interesses mais imediatos, como antecipação de cotas e luvas, além do benefício político a curtíssimo prazo.

Dirigentes do Flamengo, entretanto, apontam como um dos pontos fortes para mudar de empresa a internacionalização da marca Flamengo, mais viável com Adidas do que com Olympikus, afinal, ninguém comprava a camisa do Flamengo lá fora. Como objetivo isso é muito interessante, sem dúvida, mas qualquer projeto nesse sentido, independentemente de quem seja o fornecedor e patrocinador, só terá alguma chance de êxito se o time de futebol conseguir internacionalizar- se, algo que, no panorama de 2012, não parece muito próximo. Aliás, como esse OCE já adiantou inúmeras vezes, o mesmo ocorre em relação a qualquer clube brasileiro, o que inclui Corinthians, São Paulo e Internacional. Objetivos desse tipo só serão alcançados com os clubes disputando os torneios de verão na Europa e Ásia, além, evidentemente, de conseguirem boas participações na Copa Libertadores e, em menor escala, na Sul Americana, de forma consistente, ano após ano.

Fechando o tema, crescem os boatos que a Adidas já estaria negociando com o São Paulo, visando substituir a Reebok – marca internacional da própria Adidas, mas que no Brasil é administrada pela Vulcabrás – a partir de janeiro próximo.

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